sexta-feira, 31 de julho de 2015

Resenha sobre o livro A menina que roubava livros e opnião sobre o filme

Ler é uma infinita viagem onde imaginamos cada cena a cada palavra e mergulhamos na sua história a fim sair um pouco da própria realidade. Mas agora não é preciso apenas imaginar porque esta história ganhou vida e se transformou num filme encantador. "A menina que roubava livros", livro escrito por Markus Zusak que narra a história de uma sobrevivente do caos, que encontrou seu refúgio nos livros. Liesel Meminger (Sophie Nélisse) presenciou um espetáculo de horror que tinha como mestre seu "fuhrer" Adolf Hitler. Vivia com seus pais Rosa e Hans Hubermann (Geoffrey Rush e Emily Watson) e Max Vandergurg (Ben Schnetzer), um judeu que tentava sobreviver em meio ao Holocausto. Tinha um amigo de cabelos "cor de limão" que a irritava e chamava carinhosamente de "Saumensch", Rudy Steiner (Nico Liersch), um verdadeiro amigo. 


A história é narrada pela Morte, e ela esta presente a cada capítulo mas no fim é ela que define a vida/o mundo como ele(a) é : "Os seres humanos me assombram".
O livro vendeu mais de 2 milhões de exemplares no Brasil e mais de 8 milhões pelo mundo, após muita expectativa o filme foi lançado no dia 31 de janeiro de 2014 alcançando o primeiro lugar das bilheterias brasileiras e somente entre sexta e domingo, a produção foi vista por 221 mil pessoas, arrecadando R$ 2,9 milhões. Com produção de Michael Petroni - responsável por "As crônicas de Nárnia: a viagem do peregrino da alvorada" e direção de Brian Percival.

Apesar do sucesso o filme não corresponde todas as expectativas em relação ao livro. No filme a realidade é um pouco mascarada e amenizada, alguns momentos importantes do livro foram descartados e a falta de algumas "explicações" deixam um vazio, como: porque Hans abriga um judeu ? No filme ele simplismente aparece mas no livro essa fase é mais detalhada. O "desfile" de judeus pelo rua a caminho dos campos de concentração e exterminio também é descartado no filme. Em relação aos atores e ao encerramento da história não há o que reclamar, a Liesel (Sophie) do filme soube emocionar tanto quanto a Liesel do livro e as cenas finais foram tão reais e dramáticas quanto do livro também.


OUTRAS MUDANÇAS:
-Não foca muito no envolvimento e aquisição de cada um dos livros de Liesel.
-Liesel é mais rebelde do que a adaptação mostra. Quando ela chega na nova casa, por exemplo, se recusa a sair do carro e fica presa ao portão até que a arrancam de lá.
-Na cena que um livro é jogado no rio, Liesel está com O Assobiador, que roubou da casa do prefeito, não com um diário    revelando a verdade sobre Max está em seu porão.
-No porão, durante os atentados da guerra, ela ler O Assobiador e carrega todos os seus livros como numa forma de protegê-los, não cria histórias da própria cabeça como acontece no filme.
-A relação de Ilsa Hermann e Liesel não é bem explorada no filme. Evitando spoilers, digo que a personagem é fundamental para o desfecho e salvação da vida de Liesel.
-A morte não aparece, só ouvimos a sua voz. No livro, a morte é descrita no gênero feminino, no filme com a voz incisiva e misteriosa de um homem.

ALGUMAS FRASES DO LIVRO/FILME:
"Palavras são vida"
"Não ir embora: ato de confiança e amor, comumente decifrado pelas crianças.”
"Lamentou acordar. Tudo desaparecia quando ela estava dormindo"
"O único dom que me salva é a distração. Ela preserva minha sanidade"
"Como a maioria dos sofrimentos, esse começou com uma aparente felicidade." 

Obrigada por ler!